sábado, 16 de outubro de 2010

Voltei a ser meu

Agora sei quem sou e nem sempre fui.

Um ser livre, não necessariamente humano. Que tinha esquecido de suas raízes por puro medo de ousar.

A partir de agora, me proclamo novo. 
Completo. 
Seguro.

E colocarei minhas asas podadas para voar.

Que venham as aventuras, anseios e medos. Eu enfrento. Sempre fui sozinho. Companhia não é corpo: é alma!

Não me permito mais ficar na monotonia deste mesmo lugar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Auto Imagem


A meia luz, meio som, meia imagem. 

A vontade de sair daqui e cumprir o que ainda não tomei por consciência. Saborear a porventura dos ventos, no rosto. Transpor esta inoperante e desgostosa abstinência. 

O que ainda não fiz...Mas ah! Foi por um triz...
Ser perdido, dançante, manequim. Exemplo de coluna ereta, ter a constância como meta, um ombro cálido como estopim. Um desejo latente, um colírio ardente, um querer ser já na vontade de não mais estar. Depois disso tudo, o que mais sei é que me chamo Edmar. 

Não vivo o hoje como veneno. Tampouco como elixir de boa sorte. Driblo a morte, a covarde distração de objetos (cenas sem corte) e ao impulso de arquitetar planos lanço minha sorte. Vou indo como quem nunca foi, mas como quem sempre quer voltar. O caminho é longo, a estrada é íngrime, o impulso cessa. E é ai, sempre nessa pressa de atingir o que estipulei, de pular os obstáculos que eu próprio criei, que me atrapalho no labirinto do adultecer. Do fazer e do amar. E, cada vez mais perdido no que acho, cada vez mais constante no que abraço, sinto que me chamo Edmar. 

Não falo mais alto. Não caio nos verbos. O curso que agora tomo, em goles homeopáticos, tem tudo a ver com cautela. Janela aberta, sol que entra, calor que sai. Dos poros, livre e vai. Desejo paralelo, uma cria que a robustos olhos se copia, se traduz e se trancende. Um escape de viver complicado, compilado, inocente. 
Um ser que tenta e chora, copiosamente, pelo direito de poder se firmar. Neste momento, mais do que nunca, atendo pelo nome de Edmar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Quanto ao choro, eu nem seguro mais. Deixo vir. Às vezes as coisas parecem mesmo uma merda. E, em outras, realmente são. 

Mas quem nos disse que viver seria fácil? São tantos desencontros, atropelos. No nosso caso em especial, uma rotina LOUCA e corrida, estudo e trabalho, louça e roupas pra lavar, contas pra pagar, casa pra arrumar, rancho pra fazer... Trabalho herculano

Se não déssemos vasão à tristeza, de vez em quando, piraríamos. 

this is natural.

domingo, 10 de outubro de 2010

Sofrimento?

Quem sabe não estamos no caminho certo... Com pessoas incertas?

Me parece bem plausível.

Está na hora de reciclar.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Droga de amor



O amor é uma droga explícita.
A abstinência é o único antídoto para o abandono deste vício.

É possível se libertar,
quando a luta tem este objetivo.
A dor pode ser incontestável. Mas a excitação pela vida é infinitamente maior.

Lembranças se fundem com desejos
Espetados, incômodos
Nos cacos que sobraram de uma Torre de Babel
que caiu.

Agora sou eu quem cuido de mim.
Minhas necessidades são egoístas
E me permito ter raiva da tua covardia.

Se o coração fosse na barriga
como se acreditava na Idade Média
diria que sinto dor abdominal. Visceral.
Porém,
as ervas que tratam deste tipo de enfermidade
já estão dispostas no meu balcão
e a água fervendo, esperando imersão.

Em breve estarei melhor do que já estou
e pronto para outros ciclos.
Um dia depois do outro,
e pessoas na minha vida, na mesma ordem, virão.

Eu declaro minha independência
E não preciso mais de pena de ninguém.
Agora (verdadeiramente) estou seguro
Meu governo a mim diz respeito
e o vazio no peito
já começou a deixar de existir.

domingo, 3 de outubro de 2010

Aguardo, não sei por quanto tempo


Não vou além de onde estou,
seria esbarrar em muitos princípios
próprios
que eu tenho e não abro mão.

Porém, apenas duas palavras
Profetizadas pela tua boca
Disparadas em ressonância
Mudariam o rumo da minha história. E da tua.

Entendo o quão é difícil encerrar o que tens agora
E como seria complicado tocar
Algo novo. Neste contexto.
Mas a vida é uma caixa de surpresas
e eu não tenho coragem de fechar portas para belas oportunidades.

Com essas duas palavras
ditas no linguajar da novidade
como aposta em diversão, igualdade
aposto para tua fragilidade
Eu não pensaria duas vezes em acatar.

Me atiraria de alma
Levaria meus medos
Curaria tuas chagas.

Ainda aguardo essas palavras
ditas pessoalmente, na sala da minha casa
com ímpeto de completude.
Te espero, sentado no sofá
olhando pra janela
e me dá arrepios pensar em como seria ouvir de ti:

- ESTOU LIVRE.