quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Silêncio - O "resto" da linguagem


O breve instante de tempo, calado
Quando o sentido faz mais sentido
(E é mais sentido)
O mudo atravessa as palavras
E expõe a carne, não só a língua.

A censura do som é alma
O fôlego da significação.
Usada quando se tem palavras, é arma
E quando já não se tem, conclusão.

A frieza dos modos gramaticais
Nada pode contra ele, quando bem posto.
Pois, se eu mudo, mudo o mundo
Defino tudo:
- A verdade é silênica!

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