quinta-feira, 25 de junho de 2009

Hipérboles (senti)mentais


As palavras estão se tornando escassas... As letras armadas nos fazem esquecer das contemporâneas. Com a onda de letreiros em vão, perdemos a prancha da poesia, da literatura, do simples balão de histórias em quadrinhos. Consequentemente, criamos um vago rancor contra os sujeitos que ainda escrevem os provérbios, conjugam os verbos, cultuam as crazes. Estas, cada vez mais sem acento e sem diferencial, se perdem em um manancial de pronomes próprios: Tudo é MEU, aquilo talvez possa ser NOSSO. Nada é TEU.


Houve uma época, brilhante, em que as palavras tocavam mais do que mãos. Antes desta papagaiada de internet, de mensagens de texto com caracteres contados, tempo das cartas perfumadas e com marcas de baton. A tinta parecia transpor o papel, marcava o outro lado, não se apagava por nada. Marcava também o coração. Hoje, o DELETE faz papel de vilão, não deixa fluir o que noutrora vinha em favas, o que realmente importava: A COMUNICAÇÃO. Este blog serve, em parte, para isso. Claro que não vou pintar os lábios e tascar um beijo na tela do computador, até porque não faria diferença para ti e eu me sentiria meio bobo. Contudo, este é o propósito - Escrever o que vem à cabeça, fazer arte com letras e vogais, com imagens e luz. Comunicar o que importa, seja dramatica, sarcástica ou suavemente. Hipérboles sentimentais, aqui, serão bem vindas.

Abraços!

Nenhum comentário: