sexta-feira, 8 de julho de 2011

Plenitude


Desejo me permitir uma chance de ousar e ser plenamente feliz. E que eu não protele isso, mais uma vez, como tantas outras. Quero que seja algo duradouro, instalado na raiz do ego, na plenitude das ideias e ideais.  Quero ir além do esperado, estipular novos caminhos, sem desvios estratégicos. Almejo a vontade de ser.

Verdadeiramente nato, quero o libertar da minha alma. Que nasceu comigo, e eu deixei pra trás em algum suntuoso atalho, que me pareceu instigante, mas não me levou a lugar algum. Quero regar as flores do meu ímpeto e vê-las desabrochar em calmaria e paz de espírito. Cadência no sentir, que tanto faço.  E dureza na hora de escolher, que tanto temo.

Quero perder e ganhar de novo, em um círculo atado por vitórias medidas em lágrimas de felicidade e regojizo. Que minha mochila da vida esteja abarrotada de experiências furtivas, flores recebidas, beijos dados. Que meus amigos possam sentir meu abraço demorado como um carimbo do meu amor e respeito, completo, que tanto prezo e prendo em mim mesmo, com medo de mostrar. Que o cinza dos meus dias vire roxo, rosa, púrpura, transparência sem penitências.  Colorida, a vida, eu quero desfrutar.

Espero que meus dias sejam mais longos em gargalhadas e curtos em saudade. Que a maldade, inoperante, permaneça guardada e fique lá, neutralizda pelo carinho dos que me querem bem. Que eu possa também aprender com a vida uma maneira mais leve de amar, de me vislumbrar completo. Que eu complete minha estada nesse plano com a certeza de que foi doce. Doce enquanto durou.

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