quinta-feira, 2 de julho de 2009

Barco a esmo

Sobre as ripas da ponte
Sobre os adros do barco
Na estreita distância do leme
Finco minha bandeira de paz.

Na rota da carta de navegante, adiante, me perco na trilha.
O céu, o sol e o mar unidos. Numa vertente de sons e adornos, salgados.
A brisa acaricia o rosto
E os sonhos que diante virão.

A ida se destroi com a mesma lentidão que os pés, de dintância, não de sustentação. Se curva sobre as ondas marcantes, semblantes que hei de esquecer desde então.
Não voltarei, mesmo assim, ao cais.
A emoção de partir sustenta a inquietude do medo de naufragar.

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